O SINAI-RN vai convocar a sua base para avaliar, em assembleias, a reunião com o Governo realizada em 09/11. O Ato Público Unificado em defesa da pauta dos servidores, assim como a Parada de 24 horas dos/as trabalhadores/as da base do Sindicato, estão mantidas no dia 22. 

Diferente da expectativa dos sindicalistas, que esperavam anúncios sobre reposição salarial e realização de concurso público, o Governo, representado pelo secretário da Administração, Pedro Lopes, afirmou na reunião de 09/11 que não seriam concedidos reajustes em 2023 e que os trâmites relativos à concurso estavam paralisados. Sob protesto dos representantes classistas, o Governo informou que as negociações com os servidores não teriam continuidade enquanto houvesse impasse sobre a alíquota do ICMS.

“A reunião foi um desastre, foi para fazer um desabafo do governo desastroso. O governo não está tendo a devida responsabilidade de gerir o Estado. Se tivesse, não teríamos presenciado a fala de Pedro Lopes nessa reunião. O SINAI passou quase um mês, entre setembro e outubro, fazendo acertos para serem encaminhados em novembro. Agora, o Governo afirma que depende da alíquota de 20% do ICMS. Isso é irresponsabilidade! É decepcionante a postura do Governo nesse primeiro ano do segundo mandato. Vamos conversar com as categorias que compõem a base do SINAI. E não vamos fazer campanha para o governo na Assembleia Legislativa. Os servidores estaduais estão trabalhando e não é responsabilidade do servidor fazer o gerenciamento das finanças do Estado. Isso é responsabilidade do Governo”, afirma o coordenador geral substituto do SINAI, Santino Arruda.

Para o coordenador de Comunicação do Sindicato, Alexandre Guedes, diante da postura do Governo, o único caminho a seguir é o da luta: “Viemos em busca de respostas; de propostas concretas de melhoria para o funcionalismo. Mas, saímos de mãos vazias, sem perspectiva de reajuste ou de concurso público. Diante disso, cabe a nós a luta. O único caminho é a luta, para que tenhamos a garantia daquilo que é nosso, por direito. Não é possível que o servidor estadual que mais necessita de valorização profissional seja escanteado pelo governo. A gestão pública, que está sob o comando da professora Fátima, parece só olhar para a cúpula do governo, para os órgãos públicos onde os servidores já têm ganhos elevados, para a classe empresarial. Isso é inadmissível.”

Zilta Nunes, coordenadora geral do SINAI, resume o sentimento dos sindicalistas e aponta os passos seguintes que serão dados pelo Sindicato: “A reunião com o Governo decepcionou. O Governo fez lamentações sobre a questão fiscal e nós aguardávamos informações sobre reposição salarial, concurso público, vale-alimentação, atualização de Planos de Cargos. Diante disso, vamos levar as informações para os servidores que estão na base do Sindicato e definir os encaminhamentos. Por hora, reforçamos que no dia 22 haverá paralisação de 24 horas dos trabalhadores da base do SINAI. E nessa data o Sindicato também vai promover um Ato público unificado em frente à Governadoria.”