Os trabalhadores da Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNDASE) protestaram durante a manhã desta segunda-feira (28), primeiro dia de greve da categoria. Reunidos embaixo de tendas armadas pelo Sindicato em frente à Fundação, os profissionais exigiram do Governo respostas para as reivindicações que os levaram a paralisar suas atividades por tempo ilimitado.
A pressão resultou em conversa com o presidente da Fundação, Herculano Campos. Embora tenha recebido a comissão, o gestor não respondeu aos questionamentos apresentados, mas apenas pediu para o SINAI efetuar uma correção no ofício encaminhado na semana passada. Sem êxito, a comissão se dirigiu até o prédio da Secretaria da Administração. No entanto, não foi recebida, uma vez que a Secretária está de licença médica e o Subsecretário se encontrava em outra reunião. (VEJA MAIS FOTOS DA ATIVIDADE AQUI)
A falta de respostas foi determinante para o Sindicato e a comissão decidirem modificar o local do acampamento dos grevistas, até então localizado na frente da Fundação. De acordo com a coordenadora geral do SINAI, Zilta Nunes, a partir desta terça (29 de março) o acampamento será em frente à Governadoria.
Greve reivindica isonomia salarial e concurso público
Iniciada na manhã desta segunda, dia 28 de março, a greve dos trabalhadores da Fundação de Atendimento Socioeducadivo (FUNDASE) tem como pauta a luta pela isonomia salarial entre efetivos e temporários, bem como a realização de concurso público.
A deliberação pela greve foi tirada em Assembleia da categoria realizada em 22 de março. Na ocasião, os trabalhadores da FUNDASE discutiram sobre os direitos dos redistribuídos; os direitos dos servidores temporários; e as condições de trabalho. Com isso, concluíram sobre a necessidade de realização de concurso público no órgão e a implantação do reajuste salarial para os temporários.
Entenda
Por meio da Lei nº 697/2022, os trabalhadores efetivos da FUNDASE garantiram a reposição de 15% das perdas salariais que acumulavam há 12 anos. A reposição foi inserida na folha de pagamento do mês de março. Contudo, os temporários ficaram de fora, não sendo contemplados com a recomposição. A exclusão dessa parcela dos trabalhadores não foi aceita pela categoria.
Sobre a necessidade de realização de concurso, atualmente existem 683 trabalhadores da FUNDASE na ativa. Esses trabalhadores atendem adolescentes distribuídos em dez unidades, localizadas em Natal, Parnamirim, Caicó e Mossoró. Do total, apenas 213 trabalhadores são efetivos. Os outros 470 são servidores com contratos temporários.