Palestra sobre assédio moral debate mudanças nas relações de trabalho que favorecem perseguições contra trabalhadores, inclusive no DETRAN-RN


Foto: Lenilton Lima

As mudanças nas relações de trabalho que favorecem as perseguições contra trabalhadores foram debatidas em palestra sobre assédio moral promovida pelo SINAI-RN na manhã desta terça-feira (12). Idealizada e realizada conjuntamente pelas coordenações de Formação e Comunicação do Sindicato, aconteceu no piquete de greve realizado na sede da Autarquia, em Natal.

Bastante delicado, o assunto foi debatido por Fernando Antônio, que é formador do Instituto Latino Americano de Estudos Socioeconômicos (ILAESE). Fernando fez uma explanação sobre todo o processo de reestruturação que o capitalismo organizou ao longo das décadas, mudando as relações de trabalho. Nas palavras de Fernando Antônio, isso resultou em um ambiente de trabalho mais agressivo, desumano, onde o trabalhador vira algoz de outro trabalhador e chefes usam o poder que têm para oprimir seus comandados, abertamente ou de forma dissimulada. O formador do ILAESE lembrou que o assédio moral costumeiramente provoca o adoecimento psicológico e físico de milhares de trabalhadores.

Foto: Lenilton Lima
Foto: Lenilton Lima
Foto: Lenilton Lima

As intervenções de Fernando e dos trabalhadores do DETRAN trouxeram para o debate a realidade de assédio moral que existe dentro do Departamento. Na ocasião, se lembrou que a questão tomou proporções tão sérias que, conforme deliberado pela categoria, foi informada ao Governo, por meio de notificação. No pedido, o SINAI-RN reivindicou a exoneração do cargo de confiança do próprio Governo, que reiteradamente vem perseguindo servidores. Apesar dessa e outras denúncias, a situação continua a mesma.

A diretoria do SINAI-RN lembra que o DETRAN é um órgão público que está dentro do contexto capitalista, que é desigual, onde os que julgam ter um pouco de poder humilham, destratam, perseguem e tratam os trabalhadores como uma peça descartável.

Bruno César, que é coordenador de formação do Sindicato, afirma que discussões dessa natureza podem ser uma ferramenta útil para combater o assédio moral. O sindicalista avisa que tudo o que foi debatido será socializado com outros setores da base. A ideia é construir uma rede de apoio para quem é vítima dessa prática criminosa.