Comitiva do SINAI marca presença na 6ª Marcha das Margaridas


Nos dias 13 e 14 de agosto, um grupo formado por onze mulheres da base do SINAI está unido a milhares de outras brasileiras, em Brasília, e marca presença na 6ª Marcha das Margaridas. A atividade, que em 2019 está em sua sexta edição, ocorre desde o ano 2000 e reúne a cada quatro anos mulheres do campo, da floresta e das águas em busca de visibilidade, reconhecimento social, político e cidadania plena.

Este ano, estima-se que mais de cem mil mulheres participam da Marcha que tem como lema: “Margaridas na Luta por um Brasil com Soberania Popular, Democracia, Justiça, Igualdade e Livre de Violência”. Na programação, o dia 13 (terça-feira) foi marcado por sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados; Mostra de Saberes e Sabores das Margaridas, no Parque da Cidade; Marcha das Mulheres Indígenas; e ato político cultural. Por sua vez, a caminhada de milhares de mulheres até a Esplanada do Ministério foi realizada na manhã desta quarta-feira, 14.

Com intuito de se fazer presente na Marcha, a comitiva do SINAI seguiu para a Capital Federal em um ônibus fretado em parceria com o SINTESEF, no dia 11 de agosto. No total, entre integrantes do SINAI e SINTESEF, 50 mulheres participaram da viagem e o grupo está acampado no Parque da Cidade de Brasília.

Marcha das Margaridas

A 6ª edição da Marcha das Margaridas acontece em Brasília, nos dias 13 e 14 de agosto de 2019. Anteriormente, a Marcha foi realizada nos anos 2000, 2003, 2007, 2011 e 2015. A atividade é promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) com parceria e apoio de movimentos feministas, de mulheres trabalhadoras, centrais sindicais e organizações internacionais.

Reunidas na Marcha, as mulheres lutam contra toda forma de exploração, dominação, violência e em favor de igualdade, autonomia e liberdade.

A Marcha se inspira e homenageia Margarida Maria Alves – Trabalhadora rural nordestina, Margarida ocupou, por 12 anos, a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba (PB) e incentivava à luta pelo direito à terra, pela reforma agrária, sendo fundadora do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. Aos 40 anos de idade, em 12 de agosto de 1983, Margarida foi assassinada na porta de casa. O crime foi uma retaliação às denúncias que a líder sindical fazia contra abusos e desrespeito aos direitos dos trabalhadores nas usinas da região.