De forma inédita, o SINAI-RN vai fretar um ônibus para levar 56 mulheres à 7ª edição da Marcha das Margaridas, em Brasília. Do total de mulheres, 45 são filiadas ao Sindicato e representantes da entidade na Marcha. As outras 11 mulheres que compõem o grupo são oriundas de organizações do campo que dificilmente teriam condições de fazer a viagem ao Distrito Federal e foram convidadas pelo SINAI, através da Coordenação da Mulher Trabalhadora e demais setores oprimidos (Negros e LGBTs).

As eleições das delegadas do SINAI na Marcha tiveram início em 11 de julho, em Natal e em Mossoró (regional Médio Oeste). Para os próximos dias serão eleitas as representantes das regionais Alto Oeste e Seridó.

A Marcha das Margaridas será realizada nos dias 15 e 16/08. A mobilização deste ano tem como lema “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver” e mais de 150 mil mulheres são aguardadas em Brasília. A viagem de ida do grupo de mulheres do SINAI ocorrerá na madrugada de 13 de agosto. Despesas com transporte, alimentação e hospedagem são de responsabilidade do Sindicato.

A coordenadora da pasta da Mulher Trabalhadora do SINAI, Sineide Lima, destaca a importância da participação das filiadas no evento e comemora o número de mulheres. Sineide ressalta que a marcha é um momento de união e de força das mulheres, que enfrentam lutas diárias para conquistar e manter direitos. “A marcha é um espaço plural e democrático. Aglutina todas as mulheres, dos diferentes setores produtivos e sociais do país”, afirma.

Marcha das Margaridas

A 7ª edição da Marcha das Margaridas vai acontecer em Brasília nos dias 15 e 16 de agosto. Realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), é considerada a maior mobilização de mulheres do campo e das cidades da América Latina. Participam camponesas, quilombolas, indígenas, cirandeiras, quebradeiras de coco, pescadoras, marisqueiras, ribeirinhas e extrativistas de todo o Brasil.

A Marcha acontece a cada quatro anos e homenageia Margarida Maria Alves, liderança sindicalista assassinada em 1983 na Paraíba por defender os direitos de trabalhadoras e trabalhadores rurais e, consequentemente, contrariar os interesses de poderosos. Anteriormente, a Marcha foi realizada em 2000, 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019.