Tensão crescente: servidores da Fundase cogitam greve devido à falta de ação do Governo


Conforme encaminhamento da Assembleia dos/as trabalhadores/as da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fundase), realizada em 19 de março, os/as servidores/as poderão deliberar sobre o indicativo de greve e aderir a um movimento paredista no Estado na primeira semana de abril, caso o Governo não responda as demandas da categoria.

A possibilidade de greve na Fundase surge em meio à insatisfação crescente dos servidores com a falta de atenção do Governo às pautas apresentadas. Entre as reivindicações estão melhores condições de trabalho, reajuste salarial, definição da data-base em Lei, implantação de adicional de periculosidade e adoção de jornada de seis horas.

Durante a Assembleia, que aconteceu no auditório da Escola do Governo sob a coordenação do SINAI-RN, os servidores manifestaram descontentamento com o presidente da Fundase, Herculano Campos, que esteve ausente nas reuniões de negociação com o Sindicato neste início do ano. Além disso, destacaram a falta de formação para os agentes recém-ingressados por meio do último concurso público, a necessidade de aprimoramento na política de atenção socioeducativa e a urgência de uma reunião conjunta entre Sindicato, Secretaria de Administração e direção da Fundase.

Os encaminhamentos resultantes da Assembleia incluem:

  • Rejeição da política salarial proposta pelo Governo, que posterga a reposição salarial até 2025, enquanto os servidores defendem a inclusão das perdas inflacionárias a partir de 2022, com reposição iniciando em 2024;
  • Indicação da data base da categoria em Lei;
  • Implantação do adicional de periculosidade e de outros direitos devidos aos trabalhadores conforme prazos estabelecidos no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR);
  • Equiparação salarial entre os agentes com nível superior;
  • Melhores condições de trabalho, com jornada de seis horas unificada e atenção à saúde mental do servidor;
  • Reunião de emergência com as presenças do SINAI, SEAD e presidência da Fundase;
  • Reunião do Sindicato com os analistas socioeducativos, em data a ser definida; e
  • Assembleia com indicativo de greve em 02/04.