Trabalhadores da EMATER deliberam pela saída imediata do Diretor-geral da Autarquia


Os trabalhadores do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (EMATER) deliberaram, em assembleia convocada pelo SINAI-RN e realizada na manhã de 25 de fevereiro, pela saída imediata do diretor-geral da Autarquia, Cesar José de Oliveira.

A decisão levou em consideração denúncias de ingerência, desprezo pelo bem público, perseguição política e autopromoção, todas atribuídas ao dirigente. Essas atitudes estariam provocando o adoecimento de servidores e a renúncia coletiva de cargos ocupados por trabalhadores concursados da EMATER, em diversos escritórios regionais e áreas. Como exemplo dessa situação, no dia anterior à assembleia (24 de fevereiro), foram registrados 20 pedidos de renúncia, atingindo setores como Crédito, Agroecologia, Semiárido, Mercados e Pecuária.

A deliberação da categoria foi formalmente apresentada ao Governo do Estado por meio de uma reunião realizada no final da manhã de 25 de fevereiro. Dirigentes do SINAI e uma comissão de trabalhadores se reuniram com o Secretário Extraordinário de Governo e Relações Institucionais (SEGRI), Adriano Gadelha. Na ocasião, o secretário afirmou que conversaria com a governadora e, até o final da semana, daria um retorno sobre a reivindicação. A expectativa do Sindicato, da Associação de Servidores da EMATER (ASSEMA) e dos trabalhadores do órgão é que o pedido seja prontamente acolhido pela gestão estadual.

DENÚNCIAS EXPOSTAS NAS REDES SOCIAIS

A ASSEMA, por meio de suas redes sociais, tem exposto os principais motivos que geraram a insatisfação dos trabalhadores com o diretor-geral e que agora os levaram a solicitar sua exoneração. Entre os motivos estão: ingerência nas atividades técnicas desenvolvidas pelos coordenadores, subcoordenadores, gestores regionais e técnicos locais; ambiente institucional dificultoso; falta de compromisso funcional com os servidores; omissão na participação de eventos importantes voltados à agricultura familiar no país; veículos com documentação atrasada e sem manutenção; inércia na resolução de problemas institucionais, resultando no sucateamento geral da EMATER nos municípios onde atua e na sede estadual; além da remoção arbitrária de servidores.