Resistência e luta marcaram o Ato público em defesa do IPERN e dos seus servidores que aconteceu na manhã desta terça-feira (22). Coordenado pelo SINAI-RN, o Ato foi realizado no Centro Administrativo, em frente à Governadoria.
Os trabalhadores e as trabalhadoras do Instituto de Previdência Estadual, em greve desde o último dia 10, chegaram cedo ao local, montaram acampamento e reivindicaram a realização do concurso público e a atualização do PCCR da categoria, com a correção das tabelas salariais.
Uma comissão de servidores representando o SINAI, a Assipern e o comando de greve entrou na Governadoria para cobrar respostas concretas do Executivo. “Fomos atendidos pela Secretária do GAC, que disse não ter uma resposta no momento. Disse ainda que a SEARH (Secretaria de Administração) ficou de negociar as demandas da categoria. Insistimos na resolução do concurso e republicação da tabela por incorreção”, explica o diretor de comunicação do Sindicato, Alexandre Guedes.
Nesta quarta (23), na sede do Instituto, as atividades de greve continuam.
Luta dos trabalhadores do IPERN
A servidora Cláudia Araújo, que há 38 anos atua no IPERN, classifica a situação do Instituto como caótica e esclarece sobre as razões que conduziram os trabalhadores à greve: “Nós temos 77 servidores trabalhando para todo o Estado e destes, apenas oito servidores ainda não têm os requisitos para a aposentadoria. Isso significa que se todo o resto decidir se aposentar, só teríamos oito servidores para atender a todo o estado. Além disso, desde 2015 não temos aumento na tabela e os salários estão achatados”.
Sobre a reivindicação dos trabalhadores do Instituto e o movimento paredista, o coordenador de Comunicação do SINAI-RN, Alexandre Guedes, afirma que a categoria tem lutado bravamente e que embora seja ano eleitoral, o Governo tem condições de resolver as demandas apresentadas; “demandas que do ponto de vista da execução são simples, mas importantes para os servidores do IPERN e para o funcionalismo estadual como um todo”.
Solidariedade
Um fato inusitado e trágico aconteceu durante o ato dos trabalhadores do IPERN. Na volta ao acampamento, após retorno da Governadoria, a comissão foi informada que o policial militar Sgt° Luciel Rodrigues sofreu infarto e faleceu no local. Coincidentemente, também em frente à Governadoria, os policiais militares se mobilizaram durante a manhã desta terça (22) em busca de seus direitos.
Entretanto, o ato dos PMs ficou marcado por essa tragédia: “Prestamos nossa solidariedade à categoria de trabalhadores militares da PM pela perda de seu companheiro, que lutava por seus direitos. Nossa solidariedade e apoio à categoria e sua família pela perda irreparável”, afirmou Alexandre Guedes.